terça-feira, 19 de novembro de 2013

Avó!

Um dia destes andava a vaguear no meu e-mail, a arrumar e a apagar e-mails e dei com um especial, guardado nos rascunhos. Sei que o guardei ali antes de o publicar no hi5, mas nunca mais me lembrei dele e já nem tenho hi5. O texto foi escrito em 2008, mas ao lê-lo, apesar de 5 anos passados, sinto as palavras com a mesma intensidade que as escrevi naquele momento...tenho tantas saudades!

"Queria escrever-te um poema, mas em vez de palavras, escorrem lágrimas...lágrimas de saudade, por não poder tocar-te, beijar-te e dizer o quanto te amei e o quanto significaste e significas para mim!
Arde em mim, a dor de não te poder ver mais. Tu que me criaste, pegaste ao colo com tanto carinho. Tu que me amaste, como se tua filha fosse...
Guardo em mim, a tua imagem ternurenta de uma "velhinha" linda, de cabelos brancos, que lutou pela vida até ao fim, mas com muita dor ainda a recordo porque o tempo ainda não a apagou!
É no silêncio da noite, quando a vida não me distrai, que te recordo saudosamente e não consigo deixar que as lágrimas caiam. Por mais "velhinha" que fosses, eras a minha Vózinha do coração e "ele" não podia ter-te levado sem que tu te despedisses de mim!
Fui a última que viste, mas já sem me veres e eu de nada me apercebi! Pensei que no sono tivesses caído, só não sabia que seria num sono profundo de onde não irias acordar!
Estejas onde estiveres, estarás sempre no meu coração!
Amo-te muito
e obrigada por tudo, por todo o amor...”

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Um pedaço de mim !

Um destes fins de semana que passou resolvemos dar uma arrumação à garagem e no meio dessa arrumação deparei-me com uma caixa, que tinha a seguinte legenda : “ Roupinha da Daniela”. Havia-me esquecido o que continha aquela caixa e despachei-me em abri-la e mergulhei num mar de recordações ao ver aquelas roupinhas minúsculas. Imaginei-te no meu colo a mamar, consegui até sentir o teu cheiro de bebé, recordei aqueles momentos tão só nossos, aqueles momentos em que te sentia só minha.
Depois, voltei à realidade! És uma menina já crescida e não um bebé e aquelas roupas já não eram necessárias! Não resisti, apesar de já ter algumas, em  colocar mais umas peças de parte para ficarem como recordação e comecei a escolher as outras para dar a alguém que precisasse. 
Nos momentos seguintes, pensei que teria que as dar alguém que precisasse, mas que as utilizaria com tanto carinho como eu e lá obtive uma resposta. Assim que soube a quem as dar, rapidamente as fiz chegar ao seu novo destino e quando isso aconteceu, fiquei tão amargurada, parecia que estavam a arrancar um pedaço de mim, que me estavam a arrancar todas aquelas memórias, que me estavam a arrancar-te de mim…é assim que fico sempre que tenho que dar algo que já foi teu, seja um brinquedo, uma peça de roupa, seja o que for, já foi teu e o que é teu, faz parte do meu coração! Sei que é normal ter que me desfazer das coisas, das tuas coisas, mas não controlo as emoções que são geradas por esse acto.
Levei algum tempo a escrever este texto, porque sempre que o fazia, caiam-me as lágrimas e não conseguia avançar e por mais ridículo que possa parecer  aos olhos alheios , não tenho vergonha de o escrever, porque quando o assunto és tu, as emoções falam por mim.
Apesar de me ter sentido desta forma, sei que estão bem guardadas todas as recordações na minha mente e principalmente no meu coração.
Recordarei sempre, com ou sem o auxilio de objectos cada fase do teu crescimento e serás para sempre a minha Iela! Amo-te daqui até ao fim do universo…e tu sabes!